QUEM SOU EU.

Sou a Matriz de Nossa Senhora do Rosário em Cairu - BA

Sou a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário no município de Cairu, fui fundada em 1608 com o nome de Vila de Nossa Senhora do Rosário de Cairu e é o único município-arquipélago brasileiro, formado por 26 ilhas, a maioria desabitadas. Possuo uma dúzia de ilhas habitadas por nativos e turistas; entre elas posso nomear: Morro de São PauloGamboa do Morro, a Ilha de Boipeba,Cairu, São Sebastião também chamada de Cova da Onça, por causa de uma Gruta onde nos idos de 1537 os Jesuítas ali ficavam com a finalidade de evangelizar os índios Aimorés; Garapuá, Tapuias, Canavieiras, Torrinha, Zimbo, BAtateira, Senzala, Galeão, Moreré. Perto de Moreré fica Comunidade de Monte Alegre; entre outras Comunidades Eclesiais onde atualmente, o Pároco Frei Augusto e seu Cooperador, Frei Fernando, celebram missa mensalmente. Na Ilha de Boi Peba tem três Irmãs Freiras que são as Coordenadoras Paroquiais da Pastoral, da Catequese, da Juventude, dos Idosos, fazendo um importante trabalho evangelizador. O Coordenador do Convento Franciscano de Santo Antônio na cidade de Cairú é o Frei Hilton, que também auxilia na Pastoral da Cidade de Cairú. Em todas as Ilhas e Comunidades celebra-se a festa dos Padroeiros, incluindo a festa de Santo Antônio, padroeiro do Convento que é celebrado com uma trezena religiosa. Na cidade de Cairú, além da festa de Nossa Senhora do Rosário, no mês de outubro, celebra-se também a festa de São Benedito, em cuja portaria do Convento fica a sua imagem, e muitos dos seus devotos ali vão rezar e pedir intercessão à ele, glorificando assim ao Deus vivo.  A população do município de Cairú estimada em 2011 era de 15.678 habitantes, possui uma área geográfica de 461 quilômetros quadrados, conforme o IBGE. Aos 29 de novembro de 2016 tive uma alegria impar ao receber como Cooperadores do Pároco Frei Augusto, os confrades: Frei Jailson, Frei Mendelson e Frei Elivânio.

A Expedição de Martim Afonso de Sousa (1530-1532)

Em 1530, com o propósito de realizar uma política de colonização efetiva, Dom João III, "O Colonizador", organizou uma expedição ao Brasil. A esquadra de cinco embarcações, bem armada e aparelhada, reunia quatrocentos colonos e tripulantes. Comandada por Martim Afonso de Sousa, tinha uma tríplice missão: combater os traficantes franceses, penetrar nas terras na direção do Rio da Prata para procurar metais preciosos e, ainda, estabelecer núcleos de povoamento no litoral. Portanto, iniciar o povoamento do "grande desertão", as terras brasileiras. Para isto traziam ferramentas, sementes, mudas de plantas e animais domésticos

Em 1531 Martin Afonso de Souza, desembarcou na Ilha Tinharé, em Morro de São Paulo,onde deixou ali alguns Jesuítas que catequizaram e evangelizaram muitas aldeias indígenas de Tupis Guaranis.

Em 1630 o Capitão Domingos Saraiva construiu em Morro de São Paulo um Casarão para ser a sua morada, e uma pequena Capela dedicada a Nossa Senhora da luz, que muitos anos depois foi aumentada e tornada uma bela Igreja, tanto que, em 1855 Dom Pedro desembarcou no Morro de São Paulo, visitou o Forte e a Igreja, e registrou em seu diário: "são trezentas famílias, a Igreja, um forte público e um farol."Todas as Comunidades, de todas as Ilhas do Arquipélago do Cairú, aprenderam com os Jesuítas e viviam o Evangelho de Jesus Cristo, como uma verdadeira comunidade, todos se conheciam, se ajudavam, se preocupavam uns com os outros, ninguém passava necessidade, porque havia partilha. E ainda hoje é assim. De janeiro de 1994 até 1998,Frei Severino Fernandes que residiu no Convento de Cairú, é testemunha de como ainda hoje os ilhéus ainda são fraternos e partilham com os mais pobres os seus alimentos e necessidades, alegrando-se com quem se alegra e sofrendo com quem sofre, preocupando-se inclusive com os idosos.

Com a expulsão dos Jesuítas em 1759, pelo Marquês de Pombal que os expulsou do Brasil; apesar de que os Jesuítas fundaram muitas escolas e eram exímios professores dos índios e dos nativos no arquipélago de Cairú, a educação do município de Cairú foi assumida pelos Frades Franciscanos, de 1759 até 1905, que tinham uma Escola com duas classes dentro do Convento de Santo Antônio em Cairú, e recebiam do Rei de Portugal a quantia de trinta mil reis por ano por este trabalho educacional. Em 1931 a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, já organizada, passou a acompanhar o trabalho educativo através das Delegadas Escolares: Professoras nomeadas. A Igreja da Matriz Nossa Senhora do Rosário foi erguida pelo Sr. Domingos da Fonseca Santana casado com D. Antônia de Pádua de Góes, fundadores do Povoado de Cairu. Esta Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário se localiza em um tabuleiro dentro da cidade de Cairu que dá vista para todo o rio Cairu que banha a cidade.

EM DOCUMENTOS HISTÓRICOS PODEMOS ENCONTRAR A CITAÇÃO ABAIXO:

"...A Vila de Cairu atingiu nessa época, o seu mais importante núcleo de povoamento, destacando-se moradores ilustres como Domingos da Fonseca Santana, casado com D. Antônia de Pádua de Góes, fundador do povoado que deu origem a Vila de Cairu, onde construiu um engenho e uma Igreja Matriz...."

O Convento de Santo Antônio em Cairu teve sua pedar fundamental lançada em 25 de agosto de 1654, e o responsável de sua construção foi o Frei Daniel de São Francisco, e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi fundado em 1608. 

BIBLIOGRAFIA

  • OLIVEIRA, Valdir Freitas. A industrial cidade de Valença (Um surto de industrialização na Bahia do século XIX) UFBA
  • Leitura dos relatórios dos vigários das paróquias existentes da Bahia e no arcebispado de São Salvador
  • Oliveira, Mário Mendonça de. Igreja e Convento de Santo António. Património de Influência Portuguesa. Fundação Calouste Gulbenkian
  • MPF/BA: audiência pública discutirá restauração do Convento de Santo Antônio em Cairu (BA). Assessoria de Comunicação, Ministério Público Federal na Bahia, 2/3/2012
  • Sousa, Alberto. "Igreja franciscana de Cairu: a invenção do barroco brasileiro". In: Vitruvius, 070.02, ano 06, mar. 2006

  • SCHWARTZ, Stuart B. Burocracia e Sociedade no Brasil. A Suprema Corte da Bahia e seus Juízes. 1609 a 1751. Editora Perspectiva - São Paulo-SP.
  • Relatos transcritos pelo Sr. Arlindo Paes da Fonseca , morador de Valença - Vogal dos Empregados da Junta de Conciliação e Julgamento de Valença - Sindicato de Fiação e Tecelagem do Município de Valença em 1968.
  • AGUIAR, Durval Vieira. A província da Bahia. Ed. Cátedra/ MEC - 2a Edição. Rio de Janeiro, 1979, edição emprestada por João Batista Santos.
  • Argolo, José Dirson (coord). O Convento Franciscano de Cairu
  • IPHAN/Monumenta, 2010, p. 46. Argolo, pp. 46-49; 61
  • Eleze Moutinho Wense, Morro de São Paulo e sua história - 1531 a 2013.
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